DESEJO DO DESTINO
Depois de atravessarmos
Um denso nevoeiro,
Viajamos do infinito
Ao encontro um do outro,
Trocamos ideias e damos as mãos,
Dissemos palavras tão loucas
Que para nós eram sempre poucas,
Eram meigas, eram envergonhadas
E em fantasias arquitectadas.
Das nossas bocas!… Oh!…
Das nossas bocas
Saiam palavras sentidas,
Românticas e quentes,
Simples e constantes,
Nascidas no carinho
Que oferecíamos um ao outro
E os dias!… Os dias
Se iluminavam
E no nosso querer progrediam,
Enquanto perdiam
A cor da saudade,
Das violetas e dos lírios.
Depois! …
Depois realizamos
A nossa magia
Como se o tempo
Quisesse ser o nosso tempo
E em lençóis feitos de linho,
De odores e fantasias,
Fomos ficando…ficando…
Abraçados um no outro,
Como o destino queria.
31-05-2018
Poema de Maria Judite de Carvalho
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