A MINHA SAIA VELHINHA
Eu tenho uma saia velhinha
Toda cosidinha com linhas de cor,
Herdei-a da minha avozinha,
Que a coseu sozinha
Com muito amor.
Vestiu-a quando era mocinha,
Para ir ao baile
Contente dançar,
Com roda e cinta franzida
Fazia balão para encantar.
Meu avô que estava no baile,
Olhou para ela e fê-la corar,
O tempo foi uma promessa
E minha avozinha
Muito apaixonada
Foi para a igreja
Para se casar.
Nasceu a minha mãe
Muito pequenina
Que linda ela era,
Cresceu, cresceu, foi menina,
Namorou meu pai
Que casou com ela.
Meu Pai
Que era bonito,
Era um lindo jovem
Que muito lhe agradou,
Logo lhe deu sua mão
E num abraço apertado
Se uniram num beijo
E minha mãezinha
Também se casou.
Nasci e fui bebezinho,
Cresci com miminho
E por isso aqui estou,
Quero ser um bom ser humano,
honesto e resiliente
Como a minha avozinha
Nos deu o exemplo
E nos ensinou.
12-03-2013
Poema de Maria Judite de Carvalho
Reservados os direitos de Autor.