ETERNO RETORNO
Foto de Maria Judite de Carvalho. Batente de uma porta em Veneza
ETERNO RETORNO
As palavras que envio
Ao meu silêncio
Em forma de desilusões
E de lamentos,
São feitas dos sonhos
Que eu sonhei,
Transformadas
Em pecados
Que alguém pecou
E eu pequei
E que regressam a mim
E se instalam
Em forma de tormentos
E de tristes sentimentos,
É a escola que a vida tem
Para nos oferecer,
Para podermos aprender.
As dores provocadas
Por alguém
No meu caminho,
São sentidas por mim
Em profundo silêncio,
Num tempo que dura
E que não tem fim,
Ninguém as sente,
Ninguém as conforta,
Mas um dia … um dia
Elas serão sentidas,
Por todos aqueles
Que as semearam
Ou semeiam
Dentro de mim.
14-09-2011
Poema de Maria Judite de Carvalho
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