A MINHA ALDEIA
Na minha aldeia
O Sol madruga
E caminha radiante
Pelos custados dos montes,
Beija os socalcos,
Beija as encantadas fontes
E bate muito apressado
Nas portas e nas janelas
Das casas que dormem fechadas.
Por aqui e por acolá
Labuta a passarada esfaimada,
À procura da comida
Que Deus fez crescer nos prados,
Há nascentes de água límpida
Que cai por todos os lados,
Cantam hinos e cantam fados,
De sonhos mal acabados
E os socalcos milenares,
Vestem-se com a cor do tempo
Sobre as pedras coloridas,
Xistosas e irregulares.
Tudo cresce e se transforma
Na aldeia dos meus encantos
Onde brinquei e fui criança
E agora que eu cresci,
Não tem lugar para mim.
06-06-2017
Poema de Maria Judite de Carvalho
Reservados os direitos de Autor
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Agradeço o seu comentário.